

o inexplicável cabeçudo!
É do domínio geral que o Presidente da Junta de Freguesia de Sacavém, deixará o exercício de funções em Janeiro próximo. Embora suspeite das razões para a sua saída, não vejo interesse em especular. Certamente, em tempo que considerar oportuno virá dar uma explicação pública, seja ela a verdadeira ou não.
Advirto, desde já, que tenho consideração pessoal por Fernando Marcos e o que principalmente me distancia dele é o papel político que tem exercido como Presidente da Junta de Freguesia. De facto, a confirmar-se a sua saída, completará cerca de 9 anos no exercício daquelas funções e creio que terá sido o Presidente de maior longevidade naquele cargo desde 25 de Abril. Venceu, portanto, por 3 vezes as eleições e por isso estará de parabéns.
Mas, na minha opinião, essa é a única razão para lhe dar parabéns. Já que considero que Sacavém parou nos últimos 9 anos e Fernando Marcos deixa uma pesada herança não apenas de estagnação, mas igualmente de muitos retrocessos. A Cidade está hoje, mais escura, mais suja, menos harmoniosa, menos desportiva, menos cultural. Parou o Plano de Salvaguarda de Sacavém e ele deixou, parou o Plano Salvador Allende e ele deixou, parou a ligação à 2ª circular e ele deixou, foi escandalosamente reduzido o PROQUAL e ele deixou, parou a despoluição do Trancão e ele deixou, Sacavém foi sendo cercada de betão e ele deixou, o Parque Tejo e Trancão não existe e ele calou.
Recorde-se que nos últimos anos nasceu o Museu da Cerâmica e ele nada teve a ver com isso, construiu-se o Pavilhão Desportivo na Escola Bartolomeu Dias e ele nada teve a ver com isso, erradicou-se as barracas da Quinta do Mocho, mas ele nada teve a ver com isso, iniciou-se a construção do novo Quartel dos Bombeiros mas ele nada teve a ver com isso e, feito o balanço geral, Sacavém entristeceu, perdeu dinâmica, perdeu qualidade de vida, perdeu na comparação com as suas freguesias vizinhas, perdeu capacidade competitiva e perdeu pelo caminho muitas oportunidades. E nem sequer levo em linha de conta, as prometidas piscinas.
Perdeu a oportunidade da revitalização comercial indispensável, perdeu uma década ou mais na requalificação que é urgente iniciar, perdeu a oportunidade de ter um Mercado condigno, se calhar perdeu a oportunidade de trazer o Metropolitano, entre muitas outras possibilidades. A Biblioteca Municipal foi para a gaveta.
Apenas um “símbolo” fica associado ao período Fernando Marcos na gestão da Cidade: aquele cabeçudo inenarrável na Praça da República, que se nos impõe como uma espécie de monumento ao absurdo!
Só que Fernando Marcos não esteve sozinho a governar a Cidade. Tem evidentemente as responsabilidades que tem, mas não as tem sozinho. Foi eleito por um Partido (o PS) que desde sempre se tem caracterizado por não ter nenhum projecto de futuro para Sacavém. Dispôs de confortáveis maiorias, sozinho ou apoiado pelo PSD, e o resultado é o que se vê. Estiveram – e ainda estão – no Executivo da Freguesia, companheiros de partido que acompanharam, apoiaram e são inevitavelmente cúmplices no actual estado da Cidade.
Um deles, sucederá a Fernando Marcos, como determina a lei, mas é quase certo que nada mudará quanto ao rumo, sem rumo, da Cidade.
É pois tempo de felicitar Fernando Marcos, desejar-lhe sucessos na vida pessoal e perspectivar uma alternativa séria para a gestão da Cidade. Há que fazer uma habilitação de herdeiros capaz de dar nova vida a Sacavém e resolver a pesada herança que ficou. E isso, só os sacavenenses podem fazer.
Assim seja, porque precisamos muito.
Advirto, desde já, que tenho consideração pessoal por Fernando Marcos e o que principalmente me distancia dele é o papel político que tem exercido como Presidente da Junta de Freguesia. De facto, a confirmar-se a sua saída, completará cerca de 9 anos no exercício daquelas funções e creio que terá sido o Presidente de maior longevidade naquele cargo desde 25 de Abril. Venceu, portanto, por 3 vezes as eleições e por isso estará de parabéns.
Mas, na minha opinião, essa é a única razão para lhe dar parabéns. Já que considero que Sacavém parou nos últimos 9 anos e Fernando Marcos deixa uma pesada herança não apenas de estagnação, mas igualmente de muitos retrocessos. A Cidade está hoje, mais escura, mais suja, menos harmoniosa, menos desportiva, menos cultural. Parou o Plano de Salvaguarda de Sacavém e ele deixou, parou o Plano Salvador Allende e ele deixou, parou a ligação à 2ª circular e ele deixou, foi escandalosamente reduzido o PROQUAL e ele deixou, parou a despoluição do Trancão e ele deixou, Sacavém foi sendo cercada de betão e ele deixou, o Parque Tejo e Trancão não existe e ele calou.
Recorde-se que nos últimos anos nasceu o Museu da Cerâmica e ele nada teve a ver com isso, construiu-se o Pavilhão Desportivo na Escola Bartolomeu Dias e ele nada teve a ver com isso, erradicou-se as barracas da Quinta do Mocho, mas ele nada teve a ver com isso, iniciou-se a construção do novo Quartel dos Bombeiros mas ele nada teve a ver com isso e, feito o balanço geral, Sacavém entristeceu, perdeu dinâmica, perdeu qualidade de vida, perdeu na comparação com as suas freguesias vizinhas, perdeu capacidade competitiva e perdeu pelo caminho muitas oportunidades. E nem sequer levo em linha de conta, as prometidas piscinas.
Perdeu a oportunidade da revitalização comercial indispensável, perdeu uma década ou mais na requalificação que é urgente iniciar, perdeu a oportunidade de ter um Mercado condigno, se calhar perdeu a oportunidade de trazer o Metropolitano, entre muitas outras possibilidades. A Biblioteca Municipal foi para a gaveta.
Apenas um “símbolo” fica associado ao período Fernando Marcos na gestão da Cidade: aquele cabeçudo inenarrável na Praça da República, que se nos impõe como uma espécie de monumento ao absurdo!
Só que Fernando Marcos não esteve sozinho a governar a Cidade. Tem evidentemente as responsabilidades que tem, mas não as tem sozinho. Foi eleito por um Partido (o PS) que desde sempre se tem caracterizado por não ter nenhum projecto de futuro para Sacavém. Dispôs de confortáveis maiorias, sozinho ou apoiado pelo PSD, e o resultado é o que se vê. Estiveram – e ainda estão – no Executivo da Freguesia, companheiros de partido que acompanharam, apoiaram e são inevitavelmente cúmplices no actual estado da Cidade.
Um deles, sucederá a Fernando Marcos, como determina a lei, mas é quase certo que nada mudará quanto ao rumo, sem rumo, da Cidade.
É pois tempo de felicitar Fernando Marcos, desejar-lhe sucessos na vida pessoal e perspectivar uma alternativa séria para a gestão da Cidade. Há que fazer uma habilitação de herdeiros capaz de dar nova vida a Sacavém e resolver a pesada herança que ficou. E isso, só os sacavenenses podem fazer.
Assim seja, porque precisamos muito.