7.11.08

Nas próximas eleições


No próximo ano teremos vários actos eleitorais.


Seguramente, num ano marcado pela crise (há quantos anos não o são ?!...) financeira e, tudo o indica, económica. Marcado por mais desemprego, por uma educação de pantanas, por um código de trabalho leonino em desfavor dos trabalhadores, por tribunais a cairem, por uma saúde desenganada, pela nacionalização dos prejuízos dos especuladores financeiros e a privatização dos lucros das empresas estratégicas, por um primeiro-ministro a vender computadores "baratos e resistentes" e um sem número de outras originalidades nacionais.


A situação em que nos encontramos parece-me ao mesmo tempo grave e ridícula que não sei se devo ficar preocupado ou se devo gargalhar com a pantomina em que se tornou a vida nacional.


Seja como fôr, acho que precisamos todos fazer alguma coisa e abanar seriamente o sistema nas próximas eleições, em todas elas.


Do meu ponto de vista, isso pode passar por "penalizar" eleitoralmente os partidos que têm governado e são responsáveis pelas sucessivas crises, que prometem e não cumprem, que tudo fazem em prol da concentração da riqueza em muito poucos, que espatifam o território em negociatas, que nos esmagam com impostos e obrigações fiscais e nada melhoram na nossa vida quotidiana, nem se vislumbram vantagens futuras.


E é tão simples: que cada um escolha um segundo partido em que melhor se reveja - que não sejam o PS, o PSD e o CDS, partidos das crises - e votem nele. Qualquer outro voto ou o voto em branco, farão mais por nós dos que PS-PSD-CDS juntos de há 30 anos a esta parte.


Ou lhes damos uma lição ou continuaremos a pagar crise após crise, com língua de palmo.


A escolha é nossa!