15.5.07

Já é oficial: Aliança (PS + 1/2 PSD) na Câmara de Loures

Aí está o que há muito se esperava na Câmara de Loures. Uma aliança de conveniência e oportunidade entre o PS no poder e metade do PSD, que assim fica na ambígua posição de metade no poder e metade na oposição. Não fosse assunto sério, só daria para rir!

O que parece inquestionável, é que esta aliança de circunstância, não é mais do que a expressão de uma cisão no PSD, entre aqueles que prosseguem objectivos políticos gerais e aqueles que estão na vida politico-partidária para tirarem dela o que podem. Disso, tira também partido, o Presidente da Câmara, que cada vez mais congrega à sua volta um estranho "bloco central dos interesses particulares".

O Vereador desta curiosa aliança coxa, após ter substituido o deputado-vereador-economista Frasquilho, desde cedo, deu a perceber as suas intenções: ascender ao poder a qualquer custo. Pode dizer-se que é já um vereador de sucesso, mesmo que tenha vendido a alma ao diabo, lá chegou onde queria.

Infelizmente, há muito boa gente que acha, que interessa pouco que meios se usam, desde que se atinjam os fins. Esses, hão-de apoiar vivamente, o feito Galhardo deste desconhecido vereador.

Contudo, para os outros, emerge a principal questão: que vai este senhor fazer nos pelouros municipais que agora lhe foram atribuidos?

Quem é que conhece ao senhor uma ideia, um projecto, um propósito, para aplicar nos importantíssimos domínios agora sob a sua responsabilidade?

É evidente que vamos esperar para ver, mas é quase certo, que veremos acelerar (com o seu suporte e o seu voto) a descaracterização do Concelho e a intensificação urbanística, os negócios imobiliários e a especulação com o território.

Essa é a "pedra de toque" da actual gestão municipal, que precisava urgentemente - após alguns reveses - de um suporte para prosseguir esse caminho que escolheu e, não vejo que Carlos Teixeira, tenha dado a este ilustre desconhecido, o "tacho" sem as indispensáveis contrapartidas.
O problema é que seremos nós e os nossos filhos a pagar com juros e a longo prazo, o poleiro a que este senhor ascendeu. Pode ter um bom negócio para ele e para o PS de Loures. Não será de certeza negócio recomendável para mais ninguém!

Era isto que queriam os eleitores do PSD ? Deixo a interrogação ao Dr. Marques Mendes e aos eleitores do PSD do Concelho.

A todos os munícipes deixo o alerta: ou reforçamos a vigilância democrática e rapidamente construimos uma alternativa de gestão na Câmara Municipal ou teremos, urbanizações, armazéns e Lidl's a entrarem-nos portas dentro. Já não faltam por aí exemplos.

Algo me diz que este Galhardo senhor vai ficar na história deste Concelho, se não correrem com ele depressa!
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4.5.07

A Senhora Directora fez anos !

O que aqui denuncio, garanto-vos, não se passou em qualquer república das bananas perdida na distante américa do sul. Não!. Foi aqui mesmo em Portugal, país da velha Europa, membro da União Europeia, quase, quase, a assumir presidência da dita.

Para minha vergonha e indignação, passou-se no Concelho de Loures!

A Senhora Directora de um Museu Municipal fez anos. A redondíssima conta de 50. (ena! quantos de nós poderão garantir que conseguirão tal feito?).

Evidentemente, não é tal coisa que me envergonha. Pelo contrário, o acontecimento é digno de registo e de comemoração.

O que me espanta é exactamente a comemoração, ou melhor, o modo como foi feita. Caso se tratasse de comemoração privada, ou pública que fosse, mas integralmente paga por quem a devia pagar, feita com meios e recursos de quem os devia investir, nada a assinalar, só celebrar!

O problema é que eu e todos nós, municípes-contribuintes e contribuintes-municípes, pagámos, pelo menos em parte, a festarola do meio século da Senhora Directora!

Ora aí está a "bananada" que eu referia no início do texto. A Senhora Directora confundindo - à boa maneira sulamericana - o seu papel de mera Directora com o de pretendente Detentora , dispôs do Museu, das viaturas municipais, dos funcionários, dos telefones, dos seguranças e de todos os demais recursos municipais que lhe davam jeito para o evento e lá promoveu a sua festa, em sua honra, com os seus convidados e com o nosso dinheiro.

Houve mesmo trabalhadores municipais que foram impedidos de executar as suas tarefas, porque naquele dia não foram autorizados a entrar no Museu. Não faziam parte do rol de convidados, portanto, xô e venham cá outro dia, determinou sua Detentoríssima Directora.

Não sou jurista e não sei se é correcto juridícamente, mas já ouvi chamar a um episódio semelhante "peculato de uso".

Àparte apreciações jurídicas para as quais não tenho competência, só me resta, virar-me para o Senhor Presidente da Câmara e perguntar-lhe respeitosamente:

Senhor Presidente,
Queixa-se V.Exa. que lhe falta dinheiro na autarquia, logo, subiu-nos os impostos municipais. Este ano, já vamos pagar mais! Pergunta-se, portanto, permitiu V.Exa. esta sulamericanada saloia? Concorda V.Exa. com estes abusos de poder e do dinheiro dos municípes e contribuintes?

Aguardo com expectativa a resposta do Senhor Presidente da Câmara, mas também desafio a Assembleia Municipal a usar os seus poderes de fiscalização e a explicar aos municípes que uso anda a ser dado no Município ao nosso património colectivo e aos recursos que cada vez com mais sacrifício somos obrigados, por V.Exas, a pagar.